Eu não quero dizer nada/CADA UM ENTENDA A SUA MANEIRA
José Dias da Rocha
Eu não consigo abrir os braços
Melhor, não abro o meu coração
No amor, sinto um cansaço
Preso nas ondas da solidão.
Não sei mais o que faço
E conseguir mudar essa opinião
O meu destino eu não traço
Sigo nos caminhos em vão.
Nos meus pensamentos embaraço
Não consigo nada de antemão
E quando vou dá um abraço
A imagem dissipa; ah! É ilusão.
Eu sou caça, às vezes caço
E de mim mesmo sou predador,
Quando tenho todo o espaço
Eu não o preencho com amor.
Eu esculpi minha imagem, amasso
No modelo que outros me fazem;
Às vezes vazio, ou inchaço,
Desesperança elas me trazem.
Pés acorrentados arrasto
O pesadelo de uma vida vazia,
Eu não sou história, sou fato,
Morto, triste nas fantasias.
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