quarta-feira, 1 de agosto de 2018

E vidas separam/Amores separados


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E vidas separam/Amores separados


                                           José Dias da Rocha

O sol em sua contrariedade

Negou a flor o seu calor

Queria sozinho o perfume da divindade

Então, isso a ele, ela negou...

Cobertos por outras nuvens foi-se claridade

Quando a flor não ofereceu o seu olor.


Na briga desses dois amantes

Cada um foi viver a sua vida

Felizes não eram mais como antes

Essas duas almas repartidas...

A solidão assola "o sol sente"

E sem fulgor "a flor" ficou ferida.


Ao passar do tempo

Ele viveu outros amores

Mas não apaixonava, pois o vento

O lembrava do perfume das flores...

E longe dos sonhos... Mas muito

O seu coração sozinho sentiu dores.


A flor com um ar de imaculada

Disfarçava o que por ele sentia

Mas no momento de tristeza apertava

Lamentava e não se continha...

Pois aquele que tanto o amava

Se foi, a deixando sozinha.


Dois amores prometidos pelo tempo

Agora estão longe e separados

Oferecendo a outros vagos sentimentos

Sendo que poderia estar lado a lado...

Por uma ser rancorosa... O outro ciumento

Vidas separam, sem o controle do peito domado.
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