Soneto à beleza

Soneto à beleza

José Dias da Rocha

Ela é uma incógnita que transpira leveza

Um mar de emoções no seu lindo olhar

É sorriso, graça, luz e de tamanha beleza

Ela é um bálsamo de amor a me encantar.

A sua voz é doce e luz para meus ouvidos

E onde passa traz paz aos corações aflitos

E o meu desabitado que antes era perdido

Conheceu alento e um brilho mais bonito.

Ela ainda é mais que um vulcão em erupção

Onde sua lava lavou a tristeza do meu coração

E trouxe um mundo novo para o meu olhar.

É tão intenso e bonito quando estou ao seu lado

É transbordar de encanto seu jeito apaixonado

Que cada instante com você me leva a sonhar... 

Amarras do passarinheiro

Amarras do passarinheiro

José  Dias da Rocha 

No meu primeiro  despertar ouço um gorjeio 

Em meio ao meu coração melancólico e frio

Mas  me acalma mesmo as  dores da minh’alma

Que tece e reverbera os olhos do meu trauma.

Meu coração  que um dia almejou ser alado,

caiu nas amarras do passarinheiro domado

Uma paixão que desnorteou  meu livre coração

Trago em meu peito uma gaiola de solidão.

Passa, passarinho almeje  voos mais altaneiros

Distancie desse que foi o mau amor primeiro

E viaje em busca de um novo belo arrebol

E esse passarinheiro que tirou a luz do seu sol

Verá que seu coração remendado está inteiro

Pois em suas asas tem a vitalidade do girassol.

Ledo engano

Ledo engano

José Dias da Rocha

Eu hoje acordei pensando

Em nós dois, dois que não valeu nada

Por isso fico assim lamentando

Ao caminhar por essa estrada.

Estrada que antes havia flores,

Era tão verdejante esse prado

E eu que acampei nessas dores,

Dores de um homem apaixonado.

Eu que achava que essa paixão

Ela nunca feriria o meu coração

Mas foi ledo engano o que pensei.

Pois onde era prado virou cinza

Que me faz sofrer mais ainda

Por saber que por você me apaixonei.