terça-feira, 30 de agosto de 2016

A MINHA PRIMEIRA VEZ

 A MINHA PRIMEIRA VEZ
JOSÉ DIAS DA ROCHA
Fui convidado a sair de mim
Quando senti um perfume
Fui então conduzido assim
Pisando em sonho de lume.

Senti os meus olhos brilharem
Devido a força do seu sorriso,
Ouvi  também sonatas soarem
Pisando assim no paraíso.

Procurei pela fragrância
Na relva de todo o prado,
Envolvido pela inocência
Por eu está apaixonado.

Procurei em todos os lugares
Quase estava desistindo,
Quis ir para outros mares
Até que o perfume fui sentindo...

Seu corpo estava flamejante
Saindo um aroma adocicado
Beijei-a e me fiz amante
E despidos ficamos enamorados.

E eu nesse prazer tão intenso
A cama era campo em flor,
Para amar-lhe, eu não penso
Pela primeira vez fazer amor.
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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

COMO... SE... TALVEZ

COMO... SE... TALVEZ
JOSÉ DIAS DA ROCHA

Como amar... se o sonho acabou
Como sonhar... se a esperança fugiu
Como viver... se não existe amor
Como dizer... se a palavra sumiu.

Como sentir... se a vida disfarça
Como sorri... se a vontade feneceu
Como olhar... se o tempo não passa
Como cantar... se hoje não sou eu.

Como perder... se ainda não a tenho
Como ter... se ela não me ver
Como falar... se eu não me empenho
Como libertar... se eu vivo a querer.

Como ser eu...
                                                     Quando sou ela,
Como ter eu...
                                                       Se não a tenho.

Como? Como? Se... talvez
Quem sabe um dia ela me olhe
                                            Outra vez.

Porque se apaixona o coração?

Porque se apaixona o coração?
JOSÉ DIAS DA ROCHA

Que ser sou eu?
                                      Sou sozinho?
E minhas palavras de amor para onde vão.

Que ser fui eu?
                                   Fui sozinho?
Será que um dia eu tive um coração.

Nãos sei se sou
                                         Um ser incógnito
Ou um pássaro que procura o seu ninho.

Não sei se tive
                                       Asas para voar...
Ou quem rastejava por um pouco de carinho.

Será que eu sou
                                        Tal qual um sol
Que não encontra a lua no seu arrebol?

Ou será que sou
                                    Como a lua
Que ilumina a noite sozinha “sem” o sol.

Tanto faz essas perguntas
                                                       Que faço a mim

Eu sei que sou só ao lado da solidão.

Mesmo que tivesse todas as respostas
Eu queria entender:
Porque se apaixona o coração.




quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Soneto à solidão

                                                                                                                                        
                                       Soneto à solidão                                             
    José Dias da Rocha

A brisa talhava o meu peito
A procura da resposta para a solidão
Como se houvesse mesmo um jeito
De encontrá-la em antemão.

Na mais profunda desventura
Querendo fugir dessa loucura
Mesmo sabendo que meu peito era obstante.

Já que fui muito pressuroso assim
Querendo distanciar o que refletia em mim
Uma imagem no espelho “solidão”.

Não sei se é certo para quem é sentimental
Mas só me sinto um cara normal
“Quando a vejo no meu peito”.

REFLEXO/Paraíso em erupção


REFLEXO/Paraíso em erupção
JOSÉ DIAS DA ROCHA

Meu paraíso é um vulcão em erupção.
Palavras presas ao chão; que quando em
Lava encrava no peito.
E eu com juízo, sem defeito, carrego
O peso da incompreensão;
Que quando proferidas estão ávidas
Por ferir... outra vez o peito.

Meu vulcão é um paraíso de sentimentos.
Palavras soltas ao tempo; que quando bem
Pronunciadas, a lava, lava o peito.
E eu sem juízo, os meus defeitos são
Carregados por anjos do bem,
Até que retorne ao peito.

E mais uma vez perdido comigo.
Até quando!?

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Promessa de um tempo voltar e me amar/noite aziaga

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Promessa de um tempo voltar e me amar
JOSÉ DIAS DA ROCHA

Essa noite aziaga
Não me deixa fazer nada
Por está longe da minha amada...
Que prometera me amar...

A lua tímida
Como a minha vida
Que está iludida...
Porque ela prometera me amar...

São olhos pálidos
Um coração cálido
Sem sentimentos válidos...
Porque ela prometera me amar...

E eu comigo sozinho
Acalento-me com vinho
Lembrando dos momentos de carinho...
Porque ela prometera me amar...

Uma marca que ficou
Na carta que me deixou
Dizendo ser só meu, seu amor...
E o tempo continua a passar...

São desejos constantes
Por quem está distante,
O meu ser continua obstante...
E o tempo continua a passar...

Distante dos meus sonhos
Nada feliz eu proponho,
Saudade é o que mais tenho...
E o tempo continua a passar...

Sei que isto está errado
Não tendo ninguém ao lado,
O meu ser vive alado...
E o tempo continua a passar...

Será que cheguei aos limites do sofrer
Vivendo tão longe desse ser
Que faz triste o meu viver...
E ela ainda não quer voltar...

Destarte a noite vem me cobrar
Quando começa a esfriar
Para que alguém possa me afagar...
E ela ainda não quer voltar...

Não vou mais escrever cartas,
Vou esperar o destino dá um basta,
Pois a solidão comigo é farta...
E ela ainda não quer voltar...

Ela me prometeu o seu amor
Mas o tempo logo passou
E até hoje ainda não voltou
E comigo sozinho vivo a chorar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Tempo/tempo para o perdão


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Tempo/tempo para o perdão
JOSÉ DIAS DA ROCHA

Quando o tempo assim esvai
Deixam marcas tão cortantes
A felicidade do peito sai
E o caminho se torna errante.

Quando o tempo é cobrança
Deixam marcas tão cortantes
E onde existia bonança
Do coração passa distante.

Quando o tempo não tem tempo
Deixam marcas tão cortantes
Levam ao longe os sentimentos
E do peito fica obstante.

Quando o tempo é possessivo
Deixam marcas tão cortantes
Os dias são tempestivos
Fica mais frio que antes.

Quando o tempo está nublado
Deixam marcas tão cortantes
Juntos, não estamos ao lado
Sozinhos nos mesmos instantes.

Quando o tempo se redime
O momento é cicatrizante
O sol a meia noite é meio dia
Voltamos a ser como antes.

Ao ser mulher

Blog de emnomedapoesia : em nome da poesia, AO SER MULHER
Ao ser mulher
JOSÉ DIAS DA ROCHA

Existe um ser que é a fonte de vida
Que todos os olhos podem ver,
Esse ser que disputa com as rosas
A fragrância do sentimento... O viver.

Esse ser que ser entrega de coração
E voa nas asas do beija-flor...
Pega carona no arco-íris
Ao sentir-se no amor.

No germinar de uma semente
Perpetua o futuro a nascer
Até quando há um sol poente.

São seres que se oferecem
De corpo, alma e sem pudor ao viver
Quando seus sentimentos florescem (...)

Esse ser tão sublime... Esse ser mulher.
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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

QUANDO O SE EU(...)

QUANDO O SE EU(...)
JOSÉ DIAS DA ROCHA

Quando as palavras distorcem uma ilusão...
Quando a música maltrata um coração...
Quando a vida perde o sentido...
Quando o tempo é tempo perdido...

O amor separa da paixão,
O caminho se segue em vão,
O limite limita a libido,
O que é belo e torna esquecido.

Se eu fosse dono de mim...
Se eu não fosse triste assim...
Se eu acreditasse mais na vida...
Se não corroesse tanto essa ferida...

Eu daria a tudo isso um fim,
Eu acreditaria mais no porvir,
Eu não iria na barca perdida,
Eu enfrentaria a solidão bandida.

Quando o se eu passar a ser
Eu quero e desejo só você,
Minha vida teria outro horizonte
E nunca mais teria o sofrer.

Estações de um ser

Estações de um ser
José Dias da Rocha

Olhos de chuva... Outono,
Um coração ao chão, feito
Folhas ao vento, sem plano;
Descompassado e insatisfeito.

Uma nova estação... Gélido,
Assim como meus olhos ao amor;
Cama fria, beijos “cálidos”
Diferente ao que o peito sonhou.

Floresce uma nova vida... Seus olhos
Odorou todos os meus sonhos.
Primaveril são minhas esperanças.

Tal qual um sorriso de criança
Veio para acalentar o meu ser (...)
Meus olhos verão o “Verão” com você.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

A (IN) DECISÃO

A (IN) DECISÃO
JOSÉ DIAS DA ROCHA

Eu não sou digno de felicidade
Mas ela vive a minha porta,
Perturbando meu coração duro.
Vivo na esperança triste e morta...

Eu não sou digno da sua presença
E ainda assim ilumina a minha rua
Fazendo a minha noite o meu dia
Quando na minha vida você atua...

Eu não sou digno de mim mesmo
Pois me satisfaço com solidão,
Estando ao par de um amor vazio,
É limitada a minha sensação.

Perdoe vida minha; perdoe.
Por favor, me ame mesmo assim,
Mude a minha personalidade
Antes que venha o nosso fim...
...................................................
Finalmente eu sou livre!
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