SOFRENDO POR UMA LEVIANA/Ainda estou preso a ela
JOSÉ DIAS DA ROCHA
Do ocaso ao despertar do sol
A sua falta ainda lastimo
É onde eu fico mais triste
E não sei como ainda vivo.
A ferida que me deixara
Não há como se cicatrizar
Foi profundo ao meu coração
Trancando-o para outra amar.
Se desperto tarde da noite
Sua lembrança vem logo à tona
Caindo lágrimas dos meus olhos
Por quem foi comigo uma leviana.
Quando me trocou por outro
Se quer me deu uma satisfação;
O tanto que amei foi pouco
“Acho” não valeu nada, foi ilusão.
Não sei porque fico preso a ela
Já que nunca me deixou tê-la
E magoando quem muito lhe amou.
Tenho que ser forte nos momentos
E o que ainda sinto por dentro
Seja um vento que se passou.
Quando há momentos tristes
O que aconteceu começo a escrever
É assim que o poeta existe:
Ser escritor do seu sofrer.
Mas se vem pensamentos do passado
Nas palavras eu ainda me perco
Rimando tristeza com magoado
Na solidão que me fez um cerco.
Deixando –me nesta triste prisão
Escondo-me, de mim mesmo
Não sei se foi a minha paixão
Ou quem me deixou o ermo.
Deixando-me no mais profundo abismo
Sem nenhuma chance de voltar,
Do mundo tornou-me um perdido
Querendo quem um dia me fez chorar.
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