sexta-feira, 8 de julho de 2016

Os olhos da madrugada/OLHOS DO CIÚME

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Os olhos da madrugada/OLHOS DO CIÚME
JOSÉ DIAS DA ROCHA
Oh! Fria madrugada
Que tanto me cobra
E por insônia eu choro.
Com os olhos fechados
Sou seguido em duas estradas
Mas que não chega a nada.

Viro-me então de repente
Outra imagem vem a minha frente
E como a anterior não aguento.
Lágrimas a cair descontente
E por medo não as enfrento
Fecho os olhos, se durmo novamente.

Se eu durmo, há olhos que me seguem
Mas antes que eu os neguem
As imagens logo vêm à tona.
Não há clareza nas coisas lúgubres
Não deixa que a mim se cheguem
Afasta-se como se abandona.

Fico sem saber o significado
De tudo isso que passa ao lado
E perturba o meu coração.
Não sei se há relação com o passado
Ou um futuro a mim amargo
Só sei que sempre acabo na solidão.

Tento colocá-las no presente
Para que agora em diante
Eu tenha em que basear.
Por não conseguir ver a frente
Deixo para a noite seguinte
Essas imagens poder interpretar.

Quando já não mais esperava
O que para mim aguardava
Eu sentir certo perfume...
Descobri que os olhos que me vigiavam
Comigo “ao meu lado” sempre estavam
Eram os olhos do ciúme.

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