Amarras do passarinheiro
José Dias da Rocha
No meu primeiro despertar ouço um gorjeio
Em meio ao meu coração melancólico e frio
Mas me acalma mesmo as dores da minh’alma
Que tece e reverbera os olhos do meu trauma.
Meu coração que um dia almejou ser alado,
caiu nas amarras do passarinheiro domado
Uma paixão que desnorteou meu livre coração
Trago em meu peito uma gaiola de solidão.
Passa, passarinho almeje voos mais altaneiros
Distancie desse que foi o mau amor primeiro
E viaje em busca de um novo belo arrebol
E esse passarinheiro que tirou a luz do seu sol
Verá que seu coração remendado está inteiro
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